Para um diagnóstico e tratamento adequados, sempre procure um neurologista.
O mais importante é saber que existe mais de um tipo de tratamento para a Esclerose Múltipla atualmente, a depender da condição da doença e estilo de vida de cada paciente.
Conversar com o médico neurologista é o mais recomendado para entender qual o tratamento que mais se encaixa na vida de cada paciente. Levar em consideração o estilo de vida atual (ex: tipo de trabalho, frequência de viagens, quanto tempo cada tratamento ocupa no dia-a-dia, entre outros), os sonhos (gravidez, mudança de país...) e os possíveis efeitos colaterais de cada medicação faz todo sentido nesse momento.
Tratar a Esclerose Múltipla1 é um processo contínuo, que começa com os primeiros sintomas e continua com o curso da doença. Nunca é cedo ou tarde demais para buscar um tratamento de qualidade, abrangente e multidisciplinar.
Uma doença complexa requer uma abordagem complexa.2 Como ainda não foi descoberta a cura para a Esclerose Múltipla, é necessário buscar estratégias que ajudem a modificar ou atrasar o curso da doença, diminuir os surtos, lidar com os sintomas e melhorar a qualidade de vida, a segurança e a saúde emocional do paciente.
Esse tratamento envolve também outras especialidades que, juntas, ajudam o paciente a lidar com a doença e seus sintomas, para que ele possa ter uma vida independente, confortável, saudável e com todo bem estar.
Saiba mais sobre tratamentos e cuidados multidisciplinares aqui.
Para buscar apoio psicológico, acesse a página da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla dedicada a isso, clicando aqui ou ainda encontre outras associações de pacientes aqui.
A maioria dos medicamentos3 disponíveis para EM tem a função de reduzir a atividade inflamatória e a agressão à mielina, diminuindo a intensidade e a frequência dos surtos e reduzindo as sequelas durante a vida do paciente, melhorando sua qualidade de vida.
Atualmente, todos os medicamento disponíveis têm características imunossupressoras, que reduzem a atividade ou eficiência do sistema imunológico. Para o tratamento dos surtos agudos de sintomas da EM são utilizados os corticoides ou a transfusão de plasma (plasmaférese).4
Esses medicamentos devem ser indicados pelo médico neurologista, de acordo com o diagnóstico do paciente.
Para saber mais acesse aqui
Pessoas com algum distúrbio crônico precisam ter um cuidado especial com a saúde. E esses cuidados incluem uma dieta bem balanceada.5 Embora não exista uma dieta especial para a EM, o que e como comer podem fazer uma grande diferença no nível de energia, na função da bexiga e do intestino e na saúde em geral.
Especialistas recomendam que as pessoas com EM cumpram as mesmas recomendações de dieta pobre em gorduras e fibras da American Heart Association e da American Cancer Society para a população em geral.6
A terapia tem um papel importante no cuidado da EM.
Além dos sintomas emocionais7 causados pela doença, a EM afeta a vida do paciente em todos os sentidos, incluindo a maneira como ele se vê após o diagnóstico e sua relação com a família e a comunidade.
Portanto, é muito importante que o paciente de EM, bem como a sua família, tenham acesso a tratamento com psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais8, treinados para diagnosticar e tratar as condições de saúde mental.
Seja qual for a terapia, ela é uma poderosa ferramenta para ajudar o paciente a lidar com as emoções que surgem em todas as fases da EM, desde o diagnóstico até os estágios posteriores da doença. E também pode ser útil para o paciente se sentir seguro em compartilhar informações sobre seu diagnóstico com amigos e familiares e lidar com as relações pessoais.8
A reabilitação melhora a saúde, o bem-estar e o condicionamento físico do paciente com EM e é muito recomendada quando alguns dos sintomas9, 10 da doença começam a interferir nas atividades cotidianas.
Dependendo desse sintomas, são indicados diferentes profissionais:
Fisioterapia
A fisioterapia11 é um tratamento muito indicado aos portadores de EM para controlar alguns sintomas da doença, com ênfase na caminhada e mobilidade,11, 12 força,14, 15 equilíbrio,16, 17 fadiga18, 19 e dor.20, 21
Além de um programa de exercícios no treinamento de marcha, ela também treina o paciente a usar auxiliares de mobilidade, como bengalas, muletas, scooters e cadeiras de rodas, entre outros.
O principal objetivo da fisioterapia11 é garantir a segurança do paciente para que ele alcance e mantenha seu condicionamento físico, evitando a fraqueza muscular por falta de mobilidade e contraturas musculares relacionadas à espasticidade.22, 23 A fisioterapia também pode incluir exercícios do assoalho pélvico para ajudar nos problemas da bexiga.24
Terapia ocupacional
A terapia ocupacional (TO)11 aumenta a independência, produtividade e segurança em todas as atividades relacionadas a cuidados pessoais, lazer e à vida profissional do paciente.
Para isso, as TOs fornecem treinamento em técnicas de conservação de energia e o uso de ferramentas e de dispositivos para simplificar as tarefas em casa e no trabalho, com modificações estratégicas nesses locais para garantir acessibilidade, segurança e conveniência. Além disso, os terapeutas ocupacionais também avaliam e tratam problemas com o pensamento e a memória.11
Reabilitação cognitiva
A Reabilitação Cognitiva11 tem diferentes estratégias de avaliação e tratamento das mudanças cognitivas25, 26 experimentada por um paciente com EM, como pensar, raciocinar, se concentrar ou se lembrar de alguma coisa. Neuropsicólogos ajudam esse paciente a funcionar melhor para levar uma vida confortável.
Reabilitação vocacional
Os programas de reabilitação vocacional11 preparam e ajudam os pacientes de EM em sua vida profissional, oferecendo orientação profissional, assistência para colocação profissional, treinamento em mobilidade e avaliação de tecnologia assistida, ajudando profissionais já empregados a manterem seu emprego ou a encontrar novos empregos que atendam às suas necessidades.
Reabilitação fonoaudiológica
Portadores de EM com problemas de fala e deglutição,27 podem ser acompanhados por um fonoaudiólogo,11 que vai avaliar e identificar esses problemas e propor uma terapia, com técnicas e exercícios que ajudam a corrigí-los, aumentando a facilidade e a clareza da comunicação e a segurança da deglutição.
BR-MULNI-00026 – JUL/2020
Referências: